Mood: Elvis Perkins, All the night without love
E um dia veio um menino
olhos de água afluentes na palma da mão
perguntar o que era saudade
se sabia ao redondo da chuva
nunca apanhado até então
Saí para lhe roubar
palavras dignas de ingenuidade
procurei pela cidade coisa que explicasse
que saudade, é coisa que se sente
e quem jurar que a pode explicar
juraria eu que mente
E o menino soltando outro refrão
perguntava se a saudade
sabia ao redondo da chuva
nunca bebido até então
E uma gota em lábios frios
fluía como os rios
afluentes na sua mão
deslizando como a falta
como o perder de uma luva.
Talvez com uma certa razão
seja a saudade
uma gota de chuva
Talvez com uma certa razão
se apalavra de saudade
a corrente entre a vontade
e a tal da palavra 'não'
Já beber ou agarrá-la
é coisa de cada um
é fome de coração.
Comentários
e a cidade virou poema,
com a saudade por tema.
(temos fadista tá visto!) :o)
Adoro ler-te, sentir o que escreves! Os teus olhos abarcam largo, dentro e por fora :o)
Beijo grande grande
miguinha linda
E até mais...
:o)