Mood: Damien Rice, Cold Water
Ouvir
...E no entanto, olha para nós agora
onde cada minuto era demasiado
passa o tempo ileso ao nosso lado
Onde guardaste tu aquele amor?
fala-me dele. Esteja onde for.
E apague a pressão dos dedos teus
ainda entrelaçados nos meus,
que não deixam que te largue
Onde antes se deitaram palavras
há músicas, cheias vazias de ti
Prefiro silêncios
a ouvir nelas que não estás aqui.
Onde antes eram desejos elevados um no outro
as bocas o voraz encontro
Agora o nada das esperas
estas mãos vazias de te apertar nelas
Antes era o cheiro nosso
no escuro adormecido
E na penumbra de teu vulto nú
nos resíduos da pele suada
precisar mais nada
Antes era o grito
o rasgares carne e o afecto em mim
Ainda ouvirás na tua, minha pele
chamar por ti assim?
...E no entanto, olha para nós agora
onde cada minuto era demasiado
passa o tempo ileso ao nosso lado
Onde guardaste tu aquele amor?
fala-me dele. Esteja onde for.
E apague a pressão dos dedos teus
ainda entrelaçados nos meus,
que não deixam que te largue
Onde antes se deitaram palavras
há músicas, cheias vazias de ti
Prefiro silêncios
a ouvir nelas que não estás aqui.
Onde antes eram desejos elevados um no outro
as bocas o voraz encontro
Agora o nada das esperas
estas mãos vazias de te apertar nelas
Antes era o cheiro nosso
no escuro adormecido
E na penumbra de teu vulto nú
nos resíduos da pele suada
precisar mais nada
Antes era o grito
o rasgares carne e o afecto em mim
Ainda ouvirás na tua, minha pele
chamar por ti assim?
Comentários
Continua a escrever maravilhosamente como tens feito até aqui
Mas a vida é esperança, e cada respirar, faz-nos acreditar que ainda é possivél!
Olha para nós agora, mas como estaremos nós amanha?
Escreves cada vez mais ao meu coração.
Adorei...
Beijo amiga
passa agora o tempo ileso ao nosso lado"
E assim se descreve tão bem o que nos acontece quando estamos apaixonados... e depois... quando tudo passa. Momentos tão contraditórios, que descreves com aquela magia nas palavras tão tua, e que se ligam com o final do texto:
"Como era mesmo a tua pergunta?
"como é que alguém já te perdeu?"...
...E no entanto, olha para nós agora"
E aqui está a incoerência do amor, a sua fragilidade arrepiante. No início, olha-se para aquela pessoa especial e perguntamos... mas como é possível que alguém já te tenha tido... e te tenha perdido? Tu, que és tão especial.
... E no entanto, olha para nós agora. E afinal... também nós a perdemos.
Que complexo é o amor...
mas... não vivemos sem ele, é um vício a que voltamos sempre. E ainda bem! Como dizia Pessoa: Vale sempre a pena, quando a alma não é pequena! E o futuro é esperança e merece um sorriso.
ADOREI o texto Joana! Por tudo o que tem de emoção, porque faz pensar e porque perdura...
Beijinhos grandes e até... mais ler :o)